quinta-feira, 31 de maio de 2012

Docentes e alunos encerram manifestação com passeata

Professores e alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) encerraram a mobilização, realizada nesta quinta-feira (31), com uma passeata da entrada do Campus Universitário até o Complexo Viário Gilberto Mestrinho, no bairro Coroado, na Zona Leste de Manaus. Cerca de 300 pessoas entre professores, alunos e técnicos administrativos da Ufam participaram da manifestação. O objetivo da atividade – que faz parte do calendário oficial da greve por tempo indeterminado, iniciada dia 17 de maio – era chamar à atenção da população para as reivindicações dos docentes e problemas de infraestrutura da Universidade.

Com carro de som, bumbos, apitos e usando nariz de palhaço, os professores fizeram discursos exigindo uma negociação com o governo federal, que suspendeu a reunião agendada com as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) na última segunda-feira (28). “Estamos lutando pela decência! A própria presidente disse em sua campanha que Educação era prioridade, essas palavras estão se voltando contra ela agora, que se recusa a negociar com os professores”, disse o representante do Comando Local de Greve (CLG), professor Alcimar Oliveira.

O ato público político foi marcado também pela forte participação de estudantes da Ufam de diversos cursos como Artes, Pedagogia, Serviço Social, Filosofia, Letras, Ciências Sociais, Geografia, Educação Física e Medicina. Trajando camisetas com os dizeres “Estudantes em greve”, os alunos carregaram faixas e gritavam palavras de ordem no megafone como “Dilma a culpa é sua. Hoje, a aula é na rua”. Os estudantes tomaram o totem localizado em frente o Campus e seguiram em passeata até o Complexo Viário Gilberto Mestrinho, onde finalizaram a manifestação.




Calendário da greve


31/05 (quinta-feira)

15h - Reunião do Comando Local de Greve (CLG);
Ufam/Coari
10h - Reunião da Comissão de Ocupação e Fiscalização, na Sala dos Professres;
17h - Carreata / Motocada, com concentração em frente à Universidade. Roteiro: Estrada Coari-Mamiá, Av. Ribeiro Junior, Av. Gonçalves Lêdo, Av. Marechal Deodoro (até a praça da Igreja Matriz onde será realizado um Manifesto à greve);

01/06 (sexta-feira)

8h30 - "Cinema pela Verdade", com exibição do filme CONDOR, de Roberto Mader, no Auditório Rio Negro/ICHL;
15h - Reunião do Comando Local de Greve (CLG);
18h - Barzinho da Greve, na sede da Adua;
Ufam/Coari
16h - Reunião do Comando Local da Greve, no Auditório Rio Copeá;
18h - Barca da Greve, na área de convivência da unidade acadêmica;

02/06 (sábado)

9h - Projeto Jaraqui, na Praça Heliodoro Balbi (antiga Praça da Polícia).

Fonte: Adua
retirado de: http://www.adua.org.br/noticias.php?cod=633

Professores federais em greve participam de reunião com reitores em Brasília

Representantes do Comando Nacional de Greve (CNG) dos professores federais participaram nesta quinta-feira (31) do Pleno da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), encontro nacional que reúne os reitores das 59 Universidades Federais Brasileiras.

O CNG foi convidado fazer uma fala durante a reunião, uma vez que a greve nas Instituições Federais de Ensino está na pauta do encontro, que também debate o financiamento nas Ifes e a escolha de representantes da Andifes para compor o conselho da Ebserh, entre outras questões.

Reivindicações Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN e do CNG, se dirigiu aos reitores agradecendo o espaço e lembrando que mais uma vez, nesta quinta, vence o prazo estabelecido pelo próprio governo, e usado para desqualificar a greve docente, de conclusão dos trabalhos acerca da reestruturação da carreira docente.

O diretor do ANDES-SN fez um histórico das negociações com o governo, iniciadas em 2010, lembrando que a entidade nunca se negou a participar das mesas e debates, com o objetivo de superar as divergências e avançar no processo.
 

“Se pegarmos a ideia de carreira apresentada pelo governo em dezembro de 2010 e a que foi colocada na mesa no último dia 15, às vésperas da nossa greve, é possível ver que nada mudou e o governo se mantém cristalizado em suas concepções sem abertura para negociar”, avaliou.

Schuch conclamou os reitores a pensar a questão da carreira não só olhando para o momento presente, mas principalmente levando em consideração os novos ingressantes, ou seja, o futuro da Universidade Pública Brasileira. “Se fizermos uma carreira sem olhar para frente, iremos criar um fosso”, alertou.

 O representante dos professores observou ainda que o conceito de carreira tem relação direta com a construção de um projeto acadêmico de longo prazo e precisa incentivar, também financeiramente, os professores a dedicarem sua vida profissional à instituição – condição necessária para a construção contínua de conhecimento e pesquisa.
 
“O que vemos hoje é os novos ingressantes estudando para entrar em concursos de outras carreiras, inclusive no serviço público, que são melhores remuneradas e não exigem titulação”, relatou.
 
Em relação às condições de trabalho, o representante do CNG ressaltou que vários dos dirigentes presentes devem ter ciência das reivindicações locais apontadas pelos professores e prova disso é o grande número de manifestações de apo
io em relação à greve vinda não só de reitores, mas também de Conselhos Universitários e direções de cursos e faculdades.
 
“O que se vê é um movimento muito positivo em relação à greve, mas infelizmente também registramos poucos, mas relevantes, casos de constrangimento aos professores que decidiram pela greve”, ressaltou.
 
Ele apontou o caso do Campus de Jataí, da Universidade Federal de Goiás (UFC), onde, segundo relatos ao CNG, diretores e coordenadores estão criando situações de ameaça ao exigir listas, atas, registros em que constem os professores que votaram pela adesão à greve, bem como imposição de regras sobre o registro da frequência. “Não iremos tolerar constrangimentos desse tipo ao nosso movimento e haverá uma reação nacional a esse tipo de atitude”, avisou.

Apoio
O 1º vice-presidente do ANDES-SN pediu então a ação da Andifes e dos reitores para intervir junto ao MEC solicitando a abertura de negociação com o governo. “A palavra de ordem agora, mais do que nunca, é ‘Queremos negociação’. Queremos agendamento de reuniões com interlocutores credenciados, com urgência, para buscarmos uma solução positiva ao impasse estabelecido”, finalizou.

O presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), João Luiz Martins, agradeceu a participação do ANDES-SN e disse que o coletivo dos reitores tem clara compreensão dos dois eixos que regem a pauta de reivindicações dos docentes em greve.

“A gente está numa luta diária como liderança buscando soluções para os problemas relacionados às condições locais das universidades. Não tenham dúvida do nosso compromisso com as condições de trabalho e com o patrimônio humano das instituições”, disse.

Martins disse que a Andifes também entende a importância de uma carreira bem estruturada como instrumento de valorização do trabalho docente e que a entidade irá se empenhar junto ao MEC para a retomada do diálogo e abertura de negociação.





Fonte: ANDES-SN
as fotos são reprodução do site do ANDES-SN
retirado de: http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5391

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vamos lá?


3/4 das federais estão em greve, e negociações não foram iniciadas

3/4 das federais estão em greve, e negociações não foram iniciadas

Negociações entre docentes e o governo federal ainda não foram iniciadas. Mobilização começou no dia 17
30/05/2012

Jorge Américo,
De São Paulo, da Radioagência NP

Docentes das unidades de ensino superior mantidas pelo governo federal encontram dificuldades para negociar as reivindicações da categoria. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) informou que professores de 48 universidades e institutos federais já aderiram à greve, iniciada em 17 de maio. O Brasil possui 59 universidades federais.
A primeira reunião ocorreria na última sexta-feira (25), no Ministério do Planejamento, mas foi suspensa por meio de um ofício da pasta encaminhado à representação sindical.
A principal exigência é a reestruturação da carreira docente, prevista em um acordo firmado com o Ministério da Educação em agosto de 2011. Elaine Carvalho, do comando nacional de greve, explica que a maior parte dos professores que participam do movimento são recém-contratados.
“É um clima de muita indignação, sobretudo por parte dos novos professores. Com a questão do Reuni e da expansão das universidades, teve concurso para novos professores, que vieram na esperança de encontrar um ambiente de trabalho com condições mínimas e, no entanto, na maioria das vezes isso não ocorre.”
Nesta segunda-feira (29), estudantes e professores da Universidade de Brasília (UnB) realizaram uma aula pública, em defesa dos grevistas, na Esplanada dos Ministérios. Elaine afirma que a mobilização recebe apoio interno e de outros setores.
“Os estudantes estão tirando assembleias de apoio e os técnicos administrativos também. E o mais importante é que a sociedade, como um todo, não se manifestou formalmente contra a greve em nenhuma instância.”

retirado de: http://www.brasildefato.com.br/node/9689

Oficina de confecção de cartazes e camisas

Hoje o Comando de Greve Estudantil ocupou a sede da Associação de Docentes da UFAM (ADUA). Foi realizada uma oficina de confecção de cartazes e stencil para preparar os materiais que ocuparão os Setores envolvidos na mobilização. Estudantes de Serviço Social também estiveram no ICHL realizando outra oficina de confecção de cartazes.
















O caldo vai engrossando e a liberdade vai crescendo!

Ética, compromisso e liberdade!

Estudantes da UFRJ em GREVE!





Dois mil estudantes decidem entrar em greve em solidariedade à luta dos professores

Assembleia com cerca de dois mil estudantes – desde a década de 1990 uma assembleia estudantil na UFRJ não conseguia reunir tanta gente – decidiu deflagrar greve em apoio à paralisação nacional dos professores. A reunião, na tarde desta terça-feira 29, foi realizada num ginásio da Escola de Educação Física. Dirigentes da Adufrj-SSind foram à assembleia explicar os motivos da greve nacional dos professores federais.
Em Macaé, os estudantes do campus avançado – que vivem os problemas da expansão – entraram em greve (exceção dos alunos do curso de Medicina) no dia 24 de maio.

Professores em Macaé
Um grupo do Comando de Greve local esteve nesta terça em Macaé para uma reunião com os professores de lá. O saldo do encontro foi positivo, com esclarecimentos em relação ao movimento e um panorama geral sobre a situação dos docentes. O fundamental dessa aproximação foi a troca de informações e a possibilidade de conferir de perto os problemas enfrentados pelos docentes naquela cidade fluminense.
Confira na Agenda da Greve as atividades desta quarta-feira, dia 30 de maio.

http://www.adufrj.org.br/index.php/component/content/article/108-ultimas/23614-dois-mil-estudantes-decidem-entrar-em-greve-em-solidariedade-a-luta-dos-professores.html

(Foto retirada do álbum de Micael Hocherman Corrêa no Facebook:https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151770175045643.852154.660300642&type=3)
 


terça-feira, 29 de maio de 2012


Calendário Acadêmico suspenso!

Reunido por mais de 5 horas o Conselho Superior Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal do Amazonas, decidiu por 31 votos a favor e 5 contrários, pelo que já estava claro quando da deflagração da greve, a SUSPENSÃO do Calendário Acadêmico desde do dia 17 de maio por tempo indeterminado.

Essa decisão está de acordo com o que está acontecendo de fato na Universidade desde do dia 17 de maio. Grande parte da Universidade está com aulas suspensas, incluindo as Unidades do Interior, o que reflete que o CONSUNI compreende que o movimento é NACIONAL e a Universidade não pode ter vários calendários.

O ponto de polêmica é que alguns professores optaram por furar greve, mas foram omissos quando ocorreu a Assembleia da Categoria Docente, pois esta aprovou por ampla maioria a adesão ao movimento grevista. Agora é fortalecer o movimento para que a greve acabe logo!

Greve não é esvaziamento é OCUPAÇÃO! Os estudantes poderiam pelo menos participar das atividades nos horários de suas aulas!


Ética, compromisso e liberdade!

#EDUCAÇÃOJÁ

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que temos HOJE estudantes livres?

Convite para @s estudantes livres e autônomos para participar da agenda de atividades da Greve na UFAM:

TERÇA FEIRA - 29/05

 REUNIÃO DO CONSUNI (CONCENTRAÇÃO HALL DO ICHL)
8:OOH

SETORIAL FACED (9H)
15:OOH - ASSEMBLEIA UNIVERSITÁRIA
LOCAL - ADUA ( AO LADO DA TV UFAM)

BARZINHO DA GREVE - ADUA

 

QUARTA-FEIRA - 30/05

SARAU DE POESIA NO ICHL 9H

VÍDEO VERDADE: Filme que envolve temática sobre a Ditadura Civil-Militar. 9H ICHL (Aud. Rio Negro)


QUINTA-FEIRA - 31/05

ATO PÚBLICO NA FRENTE DA UFAM! CONCENTRAÇÃO 7H, TRAGA TEU APITO, TUA PANELA E TUA INDIGNAÇÃO! 

VÍDEO VERDADE: Filme que envolve temática sobre a Ditadura Civil-Militar. 14h ICHL (Aud. Rio Negro)

 

SEXTA-FEIRA - 01/06 

VÍDEO VERDADE: Filme que envolve temática sobre a Ditadura Civil-Militar. 8:30h ICHL (Aud. Rio Negro)

SEXTA SOCIOLÓGICA (PPGS/UFAM) :

Greve nas Universidades Federais: o que ela evidencia? Prof. Dr. Marcelo Seráfico - Depart. Ciências Sociais

14H - ICHL
 

Com ética, compromisso e liberdade fazemos movimento estudantil!

NÃO FALTE!

Histórico de Greve


Reivindicações e Resultados

1980 1981 1982 1984 1985 1987 1989 1991 1993 1994 1995 1996 1998 2000 2001 2003 2005
Greve 1980
Duração: 26 dias (16/11 a 11/12/1980)
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 7 escolas
Reivindicações:
• reposição salarial de 48% retroativa a mar./80,
• um novo plano de carreira,
• verbas para a educação até atingir a 12% do orçamento da União,
• reajuste salarial semestral,
• revogação imediata do D.L. n.6733/79.
Resultados:
Em 11/12/80 foram publicados o D.L. n. 820 e o Decreto n. 85.487, estabelecendo um novo plano de carreira do magistério superior das Instituições Federais Autárquicas e o reenquadramento dos docentes.
Greve 1981
Duração: 20 dias, de 11/11 a 01/12/81
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 5 escolas
Reinvidicações:
• reposição salarial de 45%, retroativa a mar./8l;
• reajuste semestral igual ao inpc, em set./8l;
• enquadramento dos professores colaboradores que haviam sido discriminados em 80;
• 12% do orçamento federal para a educação.
Resultados:
• reposição salarial de 30% para os docentes das lES autárquicas, a partir de 01/1/82;
• reenquadramento dos colaboradores discriminados;
• fixação de um prazo de seis meses para discutir a reestruturação da universidade.

Greve 1982
Duração: 32 dias, de 18/11 a 20/12/82
IFES em greve: 18 universidades autárquicas e mais 3 escolas
Reinvidicações:
• reposição salarial de 23,8% sobre o salário de maio/82;
• reajuste semestral igual ao INPC, em nov./82;
• aposentadoria integral;
• atribuição das vantagens dos estatutários aos regidos pela CLT, e vice-versa;
• correção de distorções no enquadramento na nova carreira docente;
• reestruturação da universidade com base na Proposta da ANDES.
Resultados:
Recuo do governo na implantação, via decreto, do ensino pago nas universidades federais e da transformação das autarquias em fundações.
Greve 1984
Duração: 84 dias, de 15/05 a 07/08/84
IFES em greve: as 19 universidades autárquicas e mais 8 escolas
Reivindicações:
• reposição de 64,8% sobre o salário de jan./84;
• reajuste semestral, em jul./84, com base no INPC e garantido por lei;
• 13º salário para os estatutários e quinquênio para os celetistas;
• piso salarial de três salários mínimos para os servidores técnico-administrativos;
• verbas para o pleno funcionamento das lES.
Resultados:
A greve se encerrou sem nenhuma conquista. Mas em jan./85 os docentes das autarquias tiveram uma reposição salarial de 20%, interpretado como resultado da greve de 84.
Greve de 1985
Duração: 45 dias, de 10/08 a 23/09/85
IFES em greve: as 16 universidades fundações
Reivindicações:
• reposição salarial de 38,5%,
• reajuste salarial igual ao INPC do semestre,
• implantação de reajuste trimestral,
• adicional de 5% a cada quinquênio,
• adicional de DE não inferior a 50%,
• 5% de produtividade,
• aposentadoria integral,
• verbas para custeio e capital das lES fundacionais no montante de 954 bilhões de cruzeiros.
Resultados:
O MEC comprometeu-se a elaborar um novo Plano de Cargos e Salários para as lES fundacionsis, com isonomia salarial, a entrar em vigor em jan./86. (Com o novo plano de cargos e salários, algumas categorias de docentes em algumas fundações tiveram, em 86, ganho superior a 50%)
Greve de 1987
Duração: 44 dias, de 25/3 a 07/5/87
IFES em greve: 45 IFES (autarquias e fundações)
Reinvidicações:
• adoção do Plano Único de Carreira para as lES federais, proposto pela ANDES;
• isonomia salarial plena aos docentes das autarquias e fundações, segundo a tabela salarial proposta pela ANDES;
• aposentadoria integral
• verbas de custeio e capital no valor de 20,3 bilhões de cruzados, para retornar aos níveis de 1973;
• revogação da proibição de contratação de pessoal nas IES federais.
Resultados:
• Aprovado pelo Congresso Nacional a Lei n.7.596, de 10 de abril de 1987, criando o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE).
• Em 23/7/87, o Decreto n. 4.664 regulamentou a Lei 7.596/87. A nova tabela salarial teve efeito financeiro retroativo a abr./87.

Greve 1989
Duração: 66 dias, de 08/05 a 13/07/89
IFES em greve: 42 IFES
Reivindicações:
• Verbas para OCC correspondendo a 27,8% do orçamento global das IFES;
• revogação da proibição de contratações e abertura de concurso público para atender às necessidades das IFES;
• reposição salarial, de abr/89, de 59,74%, acrescido do índice de custo de vida (ICV) do DIEESE;
• reajuste mensal dos salários;
• aposentadoria integral;
• carreira única para os docentes de lº, 2ºe 3º graus;
• regulamentação integral e aplicação imediata do PUCRCE em todas as IFES.
Resultados:
• reposição salarial de 30% aos SPF em geral, em maio/89.
• em julho, o governo se comprometeu a liberar verbas para a manutenção das IFES, a título de
• suplementação, no montante de 453 milhões de cruzados novos, a preços de abr./89.
• o plano de carreira dos docentes recebeu algumas alteraçães: o incentivo de DE para os docentes do 3º grau, passou de 40 para 50% sobre o salário base; para os docentes de 10 e 20 graus das IFES, este percentual passou de 25 para 30%; a progressão horizontal
• de um nível para outro da carreira
• passou de 4 para 5%.
• o governo autorizou a contratação, para o conjunto das IFES, de 760 docentes e de 1340 servidores técnico-administrativos.

Greve 1991
Duração: 107 dias, de 05/6 a 20/9/91
IFES em greve: 48 IFES
Reivindicações:
• recomposição dos salários aos valores reais de abr./90, implicando numa reposição de 44,38%;
• incorporação aos vencimentos dos docentes das perdas salariais provocadas pelos planos econômicos "Bresser" (26,06%), "Verão" (26,05%) e "Collor 1" (93,54%); (Reajuste total reivindicado: 640,39%);
• repasse para as IFES do saldo das verbas previstas no orçainento/90 e dos recursos estabelecidos no orçamento/9l, em valores reais;
• abertura de concurso público para preencher vagas existentes nas IFES e para expansão do quadro de pessoal, com a imediata contratação dos selecionados;
• escolha dos dirigentes das IFES por processo de eleições diretas e democráticas, esgotando-se o processo no interior das IFES;
• garantia de repasse para a ANDES-SN das contribuições dos docentes por ela representados (direitos sindicais), conforme a Constituição Federal.
Resultados:
• rejeição pelo Congresso Nacional da MP n. 296/91, a qual excluía docentes e servidores das IFES e diversas outras categorias de SPF dos reajustes propostos pelo governo;
• reajuste salarial geral aos SPF de 20% e correção da tabela de vencimentos dos docentes das IFES (e de outras categorias) pelo Projeto de Lei n. 1390/91, em jul./9l: para os docentes, este reajuste variou de 51,8% (para Prof. Auxiliar 1
• regime de 20 h) a 77,45% (para Prof. Titular com DE e doutorado);
• em set./9l, os docentes das IFES conquistaram novo reajuste (nova tabela) com o PL n. 1611/91, resultando num índice de aumento que variou de 20% (para Auxiliar 1, 20 h, sem pós-graduação) a 48,8% (para Prof. Titular, com DE, tendo doutorado).

Greve de 1993
Duração: 28 dias, de 13/5/93 a 11/6/93
IES em greve: 23 IFES + servidores
Reivindicações:
• política salarial com reajustes mensais;
• incorporação da gratificação aos vencimentos;
• fim das distorções no processo de isonomia entre os três poderes;
• plano Nacional de capacitação docente;
• reajuste de 106,8% para os servidores.
Resultados:
• reajuste de 85% dos salários dos servidores;
• reajustes quadrimestrais (80% da inflação) antecipações bimestrais (50% da inflação);
• negociação de um plano de carreira;
• pendentes: falta de isonomia interna e a reposição das aulas.

Greve de 1994
Duração: 34 dias, de 23/3/94 a 27/4/94
IES em greve: 5 IFES + outra AD’s (greve parcial)
Reivindicações:
• posição unitária da classe de contraposição às investidas que o governo Itamar e as elites que lhe davam sustentação, vinham fazendo contra os interesses da maioria da sociedade brasileira; forçando uma legítima e danosa Revisão Constitucional e um Ajuste Fiscal que provocou perdas salariais.
Resultados:
• abertura da negociação em torno da isonomia entre os três poderes;
• negada a inclusão das emendas do movimento sindical na MP - 482;
• legitimação do direito de greve no serviço público.

Greve de 1995
Duração: 23 dias, de 09/5/95 a 31/5/95
IES em greve: + ou - 15 mil docentes paralisados ( Folha de SP 20/5/95)
Reivindicações:
• controle social das empresas e do serviço público;
• defesa da previdência pública e das aposentadorias por tempo de serviço;
• política salarial;
• rejeição do substitutivo do Senador Darcy Ribeiro p/ a LDB e aprovação da PLC 101/93;
• reintegração dos demitidos na Reforma Administrativa do governo Collor;
Resultados:
• afastada a possibilidade de privatização das instituições públicas;
• resgate do substitutivo do Senador Cid Sabóia, que foi ao plenário do Senado Federal junto com o substitutivo do Sem. Darcy Ribeiro;

Greve de 1996
Duração: 56 dias, de 16/04/96 a 20/06/96
IES em greve: 45 IFEs
Reivindicações:
• reajuste de 46,19%;
• retirada dos Projetos de reforma da Previdência Administrativa;
Resultados:
• STF decide que SPFs tem direito à greve, que deve ser regulamentada pelo Congresso Nacional;
• ameaça do Governo de corte de ponto e demissões;
• recuo na posição de enviar ao Congresso o Projeto de Autonomia das Universidades;
• promessa de discussão sobre mais contratações e verbas para as IFEs.

Greve de 1998
Duração: 103 dias, de 2/4/98 a 13/7/98
IES em greve: 46 IFES
Reivindicações:
• 48,65% de reposição salarial;
• preservação da qualidade do ensino público;
• autonomia às universidades na implementação do Plano de Incentivo à Docência (PID).
Resultados:
• ganharam 60% das gratificações previstas na lei Federal (GED).

Greve de 2000
Duração: 87 dias, de 24/05/00 a 17/07/00
IES em greve: 31 IFEs
Reivindicações:
• isonomia salarial;
• reajuste de 63,68 % das perdas;
• fixação da data-base em 1º de maio;
• reposição salarial imediata;
• consolidação das carreiras específicas a partir do Estatuto do Serviço Público;
• incorporação das gratificações sem discriminação dos professores aposentados e do ensino de 1º e 2º graus;
Resultados:
• barrou o Projeto de Autonomia do MEC para as Universidades brasileiras;
• barrou o envio ao Congresso do Projeto de Emprego Público, do Governo Federal;
• inclusão da elevação da massa salarial na LDO.

Greve de 2001
Duração: 110 dias, 21/08/01 a 07/12/01
IES em greve: 52 IFEs
Reivindicações:
• alteração do percentual de Titulação de 50% para 72% para doutores, de 25% para 36% para mestres, de 12% para 18% para especialistas e de 5% para 9% para aperfeiçoamento;
• equiparação da GID à GED;
• extensão de 60% da GID aos inativos das carreiras de 1º e 2º graus;
• avaliação e carreira docente;
• paridade e isonomia de vencimentos entre ativos e inativos;
• recomposição do quadro funcional das IFEs.
Resultados:
• reajuste salarial de 12% a 13% no salário base;
• 3,5% de aumento para todos os funcionários públicos;
• repasse de 60% da Gratificação de Incentivo à Docência (GID) aos professores inativos;
• contratação de dois mil professores ao longo 2002-11-14 Criação de grupos de discussão para estudar mudanças na carreira acadêmica, autonomia universitária, entre outros.

Greve de 2003
Duração: 36 dias 08/07 a 13/08
IFES em greve: 35
Reivindicações:
• contra a PEC 40/03 (Reforma da Previdência).
Resultados:
• a PEC foi aprovada com modificações. A mobilização evitou prejuízos mais graves;

Greve de 2005
Duração: 106 dias 05/09 a 19/12
IFES em greve: 40
Reivindicações:
• entre os pontos nodais da reivindicação estão a valorização do trabalho docente e em defesa da Universidade Pública, Gratuita, Autônoma, Democrática, Laica e de Qualidade Socialmente Referenciada, contra a mercantilização da educação e pelo aumento da dotação orçamentária para as IFES;
• reajuste de 18% como parte de recomposição salarial;
• incorporação da GED, com equiparação pelos seus valores mais altos e da GAE, com paridade e isonomia;
• retomada dos anuênios;
• implementação imediata da classe especial e da classe de professor associado;
• abertura imediata da discussão em torno da carreira única para os docentes das IFE, envolvendo o MEC, o ANDES-SN e o SINASEFE, com definição de calendário de trabalho com prazo para conclusão que anteceda o 25º Congresso do ANDES-SN;
• realização de concursos públicos para reposição de todas as vagas nas IFES.
Resultados:
• o governo federal, mesmo não atendendo o conjunto das reivindicações dos professores em greve, por força de pressão, acabou aumentando os recursos para melhorar os salários da categoria de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões.

Cerca de 90 professores reunidos em Assembléia Geral de Docentes realizada na sede da Associação de Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA), decidiram por ampla maioria, menos duas abstenções, a deflagração da greve da classe docente. A decisão está de acordo com a deliberação nacional do ANDES- Sindicato Nacional, que no último sábado, (12), 33 instituições federais de ensino decidiram pela Greve Geral.
A greve é o instrumento último de um conjunto de negociações realizadas nos anos anteriores junto ao governo federal, e, este último possui uma postura de inflexibilidade em relação às demandas dos Docentes das Universidades Públicas brasileiras. A pauta de reivindicação foi fortalecida no último Congresso Nacional do ANDES-SN, realizado no mês de janeiro em Manaus, reivindicando a reestruturação da carreira docente que foi protocolada junto ao Governo Federal desde fevereiro do ano corrente. De acordo com a assessoria da Adua (adua.org.br) a categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.


                                            Foto: Reprodução/ASCOMADUA

A greve nacional teve início dia 17 (quinta-feira) de maio. Pela manhã, o comando local de greve realizou uma palestra com a Professora Doutora Maria Lúcia Fattorelli, referência nacional no tema Dívida Pública, Orçamento e Gastos sociais, no Auditório Dr. Zerbini na Faculdade de Medicina.

Estudantes organizados através de suas entidades bases (coletivos e centros acadêmicos) se mobilizam desde antes da deflagração em encontros e discussões relacionadas ao eminente Congresso de Estudantes da Universidade Federal do Amazonas (CEUFAM), visando discussão, debate, construção e participação direta dos estudantes na vida acadêmica. O CEUFAM foi adiado pela incapacidade de mobilização do DCE (Gestão: Da Unidade Vai Nascer a Novidade), expirada no dia 27 de abril (data da última eleição). A justificativa foi a greve dos docentes.