Cerca
de 90 professores reunidos em Assembléia Geral de Docentes realizada na sede da
Associação de Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA), decidiram
por ampla maioria, menos duas abstenções, a deflagração da greve da classe
docente. A decisão está de acordo com a deliberação nacional do ANDES-
Sindicato Nacional, que no último sábado, (12), 33 instituições federais de
ensino decidiram pela Greve Geral.
A
greve é o instrumento último de um conjunto de negociações realizadas nos anos
anteriores junto ao governo federal, e, este último possui uma postura de
inflexibilidade em relação às demandas dos Docentes das Universidades Públicas
brasileiras. A pauta de reivindicação foi fortalecida no último Congresso Nacional do ANDES-SN, realizado no mês
de janeiro em Manaus, reivindicando a reestruturação da carreira docente que
foi protocolada junto ao Governo Federal desde fevereiro do ano corrente. De
acordo com a assessoria da Adua (adua.org.br) a categoria
reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis
remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20
horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$
2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de
trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51,
para uma jornada de 20 horas semanais.
Foto: Reprodução/ASCOMADUA
A greve nacional teve início dia 17 (quinta-feira)
de maio. Pela manhã, o comando local de greve realizou uma palestra com a
Professora Doutora Maria Lúcia Fattorelli, referência nacional no tema Dívida
Pública, Orçamento e Gastos sociais, no Auditório Dr.
Zerbini na Faculdade de Medicina.
Estudantes organizados através de suas
entidades bases (coletivos e centros acadêmicos) se mobilizam desde antes da
deflagração em encontros e discussões relacionadas ao eminente Congresso de
Estudantes da Universidade Federal do Amazonas (CEUFAM), visando discussão,
debate, construção e participação direta dos estudantes na vida acadêmica. O CEUFAM foi adiado pela incapacidade de mobilização do DCE (Gestão: Da Unidade Vai Nascer a Novidade), expirada no dia 27 de abril (data da última eleição). A justificativa foi a greve dos docentes.
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