segunda-feira, 28 de maio de 2012


Cerca de 90 professores reunidos em Assembléia Geral de Docentes realizada na sede da Associação de Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA), decidiram por ampla maioria, menos duas abstenções, a deflagração da greve da classe docente. A decisão está de acordo com a deliberação nacional do ANDES- Sindicato Nacional, que no último sábado, (12), 33 instituições federais de ensino decidiram pela Greve Geral.
A greve é o instrumento último de um conjunto de negociações realizadas nos anos anteriores junto ao governo federal, e, este último possui uma postura de inflexibilidade em relação às demandas dos Docentes das Universidades Públicas brasileiras. A pauta de reivindicação foi fortalecida no último Congresso Nacional do ANDES-SN, realizado no mês de janeiro em Manaus, reivindicando a reestruturação da carreira docente que foi protocolada junto ao Governo Federal desde fevereiro do ano corrente. De acordo com a assessoria da Adua (adua.org.br) a categoria reivindica carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Hoje, o vencimento básico de um professor federal é de R$ 557,51, para uma jornada de 20 horas semanais.


                                            Foto: Reprodução/ASCOMADUA

A greve nacional teve início dia 17 (quinta-feira) de maio. Pela manhã, o comando local de greve realizou uma palestra com a Professora Doutora Maria Lúcia Fattorelli, referência nacional no tema Dívida Pública, Orçamento e Gastos sociais, no Auditório Dr. Zerbini na Faculdade de Medicina.

Estudantes organizados através de suas entidades bases (coletivos e centros acadêmicos) se mobilizam desde antes da deflagração em encontros e discussões relacionadas ao eminente Congresso de Estudantes da Universidade Federal do Amazonas (CEUFAM), visando discussão, debate, construção e participação direta dos estudantes na vida acadêmica. O CEUFAM foi adiado pela incapacidade de mobilização do DCE (Gestão: Da Unidade Vai Nascer a Novidade), expirada no dia 27 de abril (data da última eleição). A justificativa foi a greve dos docentes.

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